A Superintendência de Água e Esgoto de Catanduva (SAEC) colocou em análise a readequação das tarifas industriais no município. O objetivo, além de ajustes em relação a valores considerados defasados se comparados a outras cidades, é premiar as empresas que tratam o esgoto antes de despejá-los na rede.
De acordo com estudos da autarquia, as indústrias locais lançam, em média, mais de cinco mil metros cúbicos por mês na rede de esgoto. A empresa que despeja o maior volume de esgoto na rede da cidade lança, aproximadamente, de 20 a 25 mil metros cúbicos por mês, cerca de sete a nove litros por segundo.
Em Catanduva, os preços cobrados pelos serviços de esgotos são diferenciados por faixas de consumo independentemente dos efluentes serem tratados ou não pelos seus produtores.
“Os valores cobrados atualmente não levam em consideração a carga poluidora de cada um dos consumidores. O que se pretende a partir deste estudo é tornar justa essa cobrança, premiando as indústrias que têm maior preocupação e cuidado com o meio ambiente, preservando o lençol freático e os nossos recursos naturais”, disse o superintendente da SAEC, o engenheiro Marcos Augusto Jardim.
Ainda de acordo com o superintendente, a lei que regulamenta os serviços de água e esgoto em Catanduva prevê uma fórmula para a caracterização da qualidade dos efluentes descarregados no sistema público para fins de cobrança. “Entretanto, sua aplicação pura e simples elevaria muito os valores, o que levou a SAEC a desconsiderar a sua aplicação nos últimos anos”, reforçou.
Jardim ressalta também que os valores de tarifa da categoria industrial cobrados atualmente estão defasados em relação aos praticados nas principais cidades do Estado de São Paulo de porte semelhante à Catanduva. Para o levantamento, foram levados em consideração os valores praticados em Araraquara, Araçatuba, Barretos, Bauru, Limeira, Franca, Lins, Jaú, São Carlos, São José do Rio Preto e Votuporanga.