A Estação de Tratamento de Esgoto (Saec) retém em seu mecanismo cerca de 50 toneladas de lixo e areia por mês. O material que deve ter a lixeira como destino entra pelos ralos, vasos sanitários e pias, até o sistema da estação.
O volume descartado irregularmente acaba barrado na fase de tratamento preliminar do esgoto que remove sólidos insolúveis em água. A estrutura conta com gradeamento grosseiro, fino e desarenador que separa os resíduos.
Dentre os materiais removidos mais comuns estão preservativos, embalagens plásticas, absorvente, fio dental, cabelo, bituca de cigarro, fraldas descartáveis e pinos de droga. O lixo removido do sistema da ETE é obrigatoriamente destinado ao aterro sanitário por ser contaminado biologicamente.
Por consequência, o lixo e areia causam obstrução das redes e comprometem o curso do esgoto. Com a tubulação entupida, o esgoto tende a retornar para as casas ou vazar em vias públicas. “Quanto mais lixo na rede de esgoto, mais manutenção nas tubulações até a estação”, destacou Auro Silva Garcia Filho, biólogo da Saec.
A ETE tem fluxo contínuo, 24 horas por dia, todos os dias da semana. Diariamente, são tratados 30 mil metros cúbicos de esgoto, o equivalente a 30 milhões de litros de esgoto. Depois da remoção de todos os poluentes, o volume é devolvido ao meio-ambiente.